MME participa de missão na Noruega e reforça cooperação internacional em captura e armazenamento de carbono

O Ministério de Minas e Energia (MME) participou, nesta semana, de uma missão técnica à Noruega com o objetivo de acompanhar os avanços do país na captura e armazenamento geológico de carbono (CCUS, na sigla em inglês) e fortalecer a cooperação bilateral no setor. A Lei do Combustível do Futuro (14.993/24) representa a porta de entrada para o desenvolvimento e a regulamentação do CCUS no Brasil, alinhando o país às melhores práticas internacionais e impulsionando a transição para uma economia de baixo carbono.
Além do MME, representado pelo Diretor de Políticas de Exploração e Produção de Petróleo e Gás Natural, Carlos Agenor, a missão contou com representantes da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), do Ministério da Fazenda, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e de representantes do setor privado.
A programação incluiu palestras com instituições de pesquisa e empresas norueguesas que atuam em captura e armazenamento subterrâneo de carbono, bem como visitas a setores industriais de produção de cimento e amônia, que vêm realizando investimentos significativos para implementar projetos de sequestro de carbono. Essas iniciativas visam não apenas reduzir emissões, mas também se posicionar no emergente mercado de créditos de carbono, fundamental para viabilizar a transição energética e criar novas oportunidades de negócios.
A missão também visitou importantes instalações, como o Test Center Mongstad (TCM), onde foram investidos bilhões de dólares na construção de plantas-piloto para otimizar o processo de sequestro de CO₂. Outro destaque foi a visita ao navio Northern Pioneer, parte do projeto Northern Lights, que iniciará operações na próxima semana, realizando a injeção anual de 1,5 milhão de toneladas de CO₂ em um reservatório offshore, na primeira fase do projeto.
Brasil e Noruega compartilham diversas similaridades no setor energético, entre elas a elevada participação de fontes renováveis na matriz, somada à participação do petróleo e os desafios relacionados à promoção de uma transição energética justa, inclusiva e equilibrada.
Durante a missão, o representante do MME apresentou o compromisso brasileiro com a meta de neutralidade de emissões líquidas até 2050, destacando o papel estratégico da captura e armazenamento geológico de carbono nesse processo. Também foram expostas as projeções de produção de petróleo e gás até 2030 e a necessidade de novas descobertas para assegurar a segurança energética do país, com ênfase na Margem Equatorial e na Bacia de Pelotas.
Como desdobramento da missão, o MME pretende intensificar o diálogo com os stakeholders, a fim de colher subsídios para promover segurança jurídica e regulamentar os investimentos necessários, assegurando que o Brasil cumpra as metas estabelecidas no Acordo de Paris.
Assessoria Especial de Comunicação Social – MME
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