IBGE prevê safra recorde de 332,6 milhões de toneladas para 2025, com crescimento em várias culturas

Estimativa geral para 2025
O IBGE divulgou que a produção total de cereais, leguminosas e oleaginosas em 2025 deve atingir 332,6 milhões de toneladas. Esse volume representa um aumento de 13,6% em relação a 2024 (292,7 milhões de toneladas), com um acréscimo de 39,9 milhões de toneladas. Em comparação com a estimativa de abril, a previsão subiu 1,3%, ou 4,3 milhões de toneladas.
A área a ser colhida deve ser de 81,2 milhões de hectares, 2,7% maior que em 2024, com aumento de 2,1 milhões de hectares, e também 0,2% maior que o previsto em abril.
Principais culturas: soja, milho e arroz
Os três principais produtos — arroz, milho e soja — juntos respondem por 92,7% da produção estimada e ocupam 87,9% da área prevista para colheita.
- Soja: estimativa de 165,2 milhões de toneladas.
- Milho: previsão de 130,8 milhões de toneladas, sendo 25,8 milhões na 1ª safra e 105 milhões na 2ª safra.
- Arroz (em casca): 12,3 milhões de toneladas.
Variações por cultura em área e produção
Comparado a 2024, a área plantada deve crescer para:
- Algodão herbáceo (4,7%)
- Arroz em casca (11,3%)
- Soja (3,3%)
- Milho (3,2%, com queda na 1ª safra e crescimento na 2ª)
- Sorgo (5,7%)
Já o feijão e o trigo devem ter redução na área cultivada, de 4,7% e 14,2%, respectivamente.
Na produção, as maiores altas previstas são:
- Arroz em casca (15,9%)
- Milho (14,1%)
- Soja (13,9%)
- Sorgo (9,0%)
- Algodão herbáceo (4,5%)
- Feijão (4,6%)
- Trigo (6,6%)
Distribuição regional e participação dos estados
Regiões com crescimento anual da produção: Centro-Oeste (17,5%), Sul (7,6%), Sudeste (14,7%), Nordeste (8,7%) e Norte (14,5%).
Variação mensal: Norte, Sudeste e Centro-Oeste com crescimento; Sul e Nordeste com pequenas quedas.
Os maiores produtores são:
- Mato Grosso (31,5%)
- Paraná (13,5%)
- Goiás (11,6%)
- Rio Grande do Sul (9,7%)
- Mato Grosso do Sul (7,6%)
- Minas Gerais (5,5%)
Esses estados juntos somam 79,4% da produção total.
Destaques em relação a abril
Houve aumentos na estimativa de produção para diversas culturas, como:
- Aveia (+9,3%)
- Sorgo (+5,6%)
- Feijão 3ª safra (+4,5%)
- Arroz (+3,3%)
- Milho 2ª safra (+2,5%)
- Algodão herbáceo (+1,7%)
- Soja (+0,6%)
- Café arábica (+0,6%)
Já a cevada teve queda de 23,1%, e feijão 1ª e 2ª safra também apresentaram pequenas reduções.
Produção por cultura detalhada
Algodão herbáceo (em caroço): produção estimada em 9,3 milhões de toneladas, alta de 1,7% em relação a abril e 4,5% maior que 2024. A área plantada cresceu 4,7%. A produção brasileira em 2025 será recorde histórico.
- Arroz (em casca): produção prevista de 12,3 milhões de toneladas, crescimento de 15,9% frente a 2024, e aumento de 3,3% em relação ao mês anterior. O Rio Grande do Sul destaca-se, responsável por 68,8% do total, com tecnologias que elevaram o rendimento médio para 8.723 kg/ha.
- Café (em grão): produção total estimada em 3,3 milhões de toneladas (55,3 milhões de sacas), ligeiro aumento de 0,5% em relação a abril. O café arábica deve alcançar 2,2 milhões de toneladas, com queda de 7% em relação a 2024, devido à bienalidade negativa natural da espécie. Já o café canephora terá aumento de 5,9%, beneficiado por bons preços e investimento em manejo.
- Cereais de inverno: trigo estimado em 8,0 milhões de toneladas, com crescimento de 6,6% em relação a 2024, apesar de queda mensal de 0,4%. Aveia terá aumento de 23,3%, enquanto a cevada cai 23,1% em relação a abril, mas ainda sobe 0,7% na comparação anual.
- Feijão: produção prevista de 3,2 milhões de toneladas para as três safras, aumento de 4,6% sobre 2024, suficiente para atender o consumo interno sem necessidade de importação. Paraná é o maior produtor.
O cenário apontado pelo IBGE mostra crescimento generalizado na produção agrícola para 2025, com recordes em algodão e aumentos expressivos em soja, milho e arroz. A diversificação das culturas e o avanço tecnológico têm sido fundamentais para o desempenho positivo das safras brasileiras, com destaque para o papel do Centro-Oeste e do Sul na produção nacional.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio