O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), Paulo Teixeira, cumpre agenda em Bogotá, na Colômbia, onde participa, até a próxima quinta (19), do Fórum Global de Terras, encontro que reúne organizações e movimentos sociais de distintos continentes, governos, entidades de cooperação internacional e especialistas no tema de terras.

Por ter sediado a 1ª edição da Conferência Internacional sobre Reforma Agrária e Desenvolvimento Rural, realizada em 2006, em Porto Alegre, o Brasil foi convidado pelo governo colombiano para compartilhar sua experiência durante o encontro.

Na ocasião, o ministro manifestou apoio do Brasil à próxima Conferência Internacional sobre Reforma Agrária e Desenvolvimento Rural +20 (CIRADR +20), a ser realizada em fevereiro de 2026, em Cartagena das Índias, na Colômbia.

Entre as agendas confirmadas, Teixeira, participa da rodada Ministerial de Alto Nível sobre Governança da Terra com Ministros e Vice Ministros da CELAC dos seguintes paises: Perú, Equador, Haiti, Cuba, Chile, Uruguai e Venezuela. A atividade será moderada pela ministra de Agricultura da Colômbia, Martha Carvajalino, que ocorre hoje, e, amanhã, como expositor no painel Rumo à Segunda Conferência Internacional sobre Reforma Agrária e Desenvolvimento Rural (ICARRD +20): Moldando o diálogo e a ação para a igualdade de direitos à terra, além de participar de reuniões bilaterais ministeriais.
 
Em coletiva de imprensa realizada na manhã desta segunda (16), o ministro destacou as políticas nacionais de governo no avanço da reforma agrária no Brasil. “Desde a redemocratização, o Brasil teve um programa de reforma agrária que incorporou 1 milhão de camponeses no Programa Nacional de Reforma Agrária (PNRA) em 88 milhões de hectares. O PNRA foi paralisado em 2016 e nós o retomamos em 2023 sob o formato do Terra da Gente, facilitando o acesso à terra, ao crédito, à assistência técnica e extensão rural e desenvolvimento”, disse.
 

Soberania alimentar – Paulo Teixeira reforçou, ainda, o compromisso do governo brasileiro em garantir a soberania alimentar. Ele relembrou que o golpe de 2016 teve consequências graves para a população, entre elas o retorno do Brasil ao Mapa da Fome. “Em 2023, cerca de 33 milhões de brasileiros enfrentavam a insegurança alimentar. No entanto, em dois anos e meio de governo, aproximadamente 25 milhões de pessoas deixaram essa condição”. Teixeira afirmou que o compromisso do Governo é de, ainda neste ano, restabelecer a soberania alimentar e garantir uma alimentação saudável e digna para todos os brasileiros. “O desafio é sair de uma agricultura de base química para a agricultura de base ecológica de acesso à alimentos saudáveis”, completou.
 
Fórum Global de Terras
 
Organizada a cada três anos pela Coalizão Internacional da Terra, a 10ª edição do encontro está sob a co-organização do Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural (da Colômbia), da União Europeia na Colômbia e do Centro de Pesquisa e Educação Popular (CINEP), juntamente com um Comitê Organizador Nacional de sessenta organizações sediadas na Colômbia.

Fotos: Raul Ernesto/Ascom MDA

Fonte: Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar