O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, participou, neste domingo (1/6), em Pirapora, no Norte de Minas, da reinauguração do Vapor Benjamim Guimarães, o único exemplar da categoria no mundo e patrimônio histórico e cultural de Minas Gerais. O projeto, de R$ 5,3 milhões, foi apresentado pelo Ministério de Minas e Energia (MME) e aprovado no âmbito do Programa de Revitalização dos Recursos Hídricos das Bacias dos Rios São Francisco e Parnaíba. A reforma da embarcação também está incluída no Novo PAC. 

A embarcação é tombada pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (IEPHA-MG) e é símbolo e da navegação do Rio São Francisco. O Vapor estava parado há mais de dez anos as margens do rio por falta de manutenção. As obras de restauração, realizadas pela Eletrobras, se iniciaram em setembro de 2024. O ministro destacou que a recuperação do patrimônio também irá garantir mais flexibilidade na geração de energia. 

“Estou muito feliz em ver de perto a materialização do nosso trabalho. O Vapor é um símbolo da cidade e patrimônio de Minas Gerais. Por muitos anos ele ficou abandonado nas margens do São Francisco, enquanto assistíamos a sua triste deterioração. Conseguimos viabilizar os recursos para a sua recuperação, que vai permitir a retomada do turismo. Além disso, teremos condições de gerenciar melhor o volume de águas no São Francisco, ampliar a vazão, reduzir o volume de espera e aumentar o potencial de regularização nos períodos secos para as demais usinas da cascata. É mais energia limpa sendo gerada no Velho Chico”, destacou Silveira. 

Para proteger a embarcação enquanto a restauração não era realizada, foi necessária a redução da defluência de restrição de 4.000 m³/s para 3.000 m³/s na UHE Três Marias, restringindo a geração de energia. Agora, será permitida a ampliação da flexibilidade operativa dos reservatórios, sem prejudicar o uso prioritário e o uso múltiplo dos recursos hídricos.

História

O Benjamin Guimarães é um barco a vapor construído em 1913, nos Estados Unidos, e chegou ao Brasil para servir à Amazon River Plate Company, no Rio Amazonas. Durante a década de 1920 foi levado ao rio São Francisco, para transporte de passageiros e cargas entre Pirapora e Juazeiro e, a partir da década de 80, promovia passeios turísticos. Foi tombado como patrimônio histórico em 1985. Em 2014, foi desativado e teve restauração iniciada em 2020, posteriormente paralisada sem a conclusão, deixando o patrimônio em risco às margens do rio São Francisco.

Assessoria Especial de Comunicação Social – MME
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Fonte: Ministério de Minas e Energia