Avanço da colheita no Brasil pressiona preços do café nas bolsas internacionais

Os preços do café registraram forte recuo nas bolsas internacionais entre quinta-feira (12) e a manhã desta sexta-feira (13), refletindo o avanço da colheita da nova safra brasileira e a entrada dos grãos no mercado global.

Pressão da nova safra brasileira

Segundo o Escritório Carvalhaes, a chegada dos primeiros volumes da safra 2025/26 de café ao mercado tem motivado fundos e especuladores a derrubarem as cotações nas bolsas internacionais. A colheita avança em ritmo acelerado, com estimativas confirmando uma produção maior de conilon em comparação à safra anterior. Já no caso do arábica, a expectativa é de uma safra menor.

Além disso, as chuvas recentes em regiões produtoras de arábica, no início de junho, derrubaram frutos e devem comprometer a qualidade média dos cafés colhidos nessas localidades.

Queda acentuada nas cotações do arábica e robusta

Na manhã desta sexta-feira (13), por volta das 9h30 (horário de Brasília), os contratos futuros do café arábica registravam quedas expressivas:

  • Julho/2025: recuo de 750 pontos, cotado a 340,65 cents/lbp;
  • Setembro/2025: queda de 785 pontos, a 337,45 cents/lbp;
  • Novembro/2025: baixa de 725 pontos, a 332,85 cents/lbp.

O café robusta também apresentou perdas consideráveis:

  • Julho/2025: baixa de US$ 130, cotado a US$ 4.267/tonelada;
  • Setembro/2025: recuo de US$ 164, a US$ 4.150/tonelada;
  • Novembro/2025: desvalorização de US$ 160, a US$ 4.086/tonelada.
Nova York fecha em queda na quinta-feira

Na véspera, a Bolsa de Mercadorias e Futuros de Nova York (ICE Futures US) já havia encerrado o pregão em queda. A boa evolução da colheita no Brasil seguiu como fator principal para o movimento baixista, mesmo diante de incertezas sobre o real tamanho da produção.

Os contratos com entrega para:

  • Julho/2025 fecharam a 347,80 cents/lbp, com queda de 2,85 centavos (0,8%);
  • Setembro/2025 recuaram para 345,30 cents/lbp, desvalorização de 3,30 centavos (0,9%).
Massa de ar polar entra no radar

De acordo com a consultoria Safras & Mercado, o mercado também monitora a passagem de uma massa de ar polar pelo cinturão cafeeiro brasileiro. Apesar da previsão de queda acentuada nas temperaturas, não há, por ora, indicativos de risco de geadas, o que poderia alterar o cenário atual de pressão nos preços.

O avanço da colheita no Brasil, aliado à entrada dos primeiros volumes da safra no mercado, tem influenciado negativamente os preços do café arábica e robusta nas bolsas internacionais. A possibilidade de geadas segue fora do radar imediato, mantendo o viés de baixa nas cotações.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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