Brasil anuncia adesão à Mangrove Breakthrough, iniciativa global para proteção de manguezais

O governo brasileiro anunciou, nesta segunda-feira (9/6), durante da 3ª Conferência das Nações Unidas sobre o Oceano (UNOC3), que aderiu à iniciativa global Mangrove Breakthrough, uma ação multissetorial para ampliar a proteção e o financiamento dos ecossistemas de manguezais. A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, integra a comitiva do país que participa da Conferência em Nice, na França.

O Mangrove Breakthrough visa acelerar ações e investimentos de governos, setor privado e organizações não governamentais para conservar 15 milhões de hectares de manguezais em escala global até 2030. Para isso, a iniciativa pretende captar US$ 4 bilhões para financiar ações de proteção a esses ecossistemas. A medida vai se somar aos esforços já empenhados pelo governo brasileiro para orientar a conservação, recuperação e o uso sustentável da biodiversidade e dos serviços ecossistêmicos associados aos manguezais em todo o território. Desde 2024, o país conta com o Programa Nacional de Conservação e Uso Sustentável dos Manguezais do Brasil (ProManguezal), instrumento coordenado pelo MMA.

O programa é resultado de mais de 10 anos de ações conjuntas entre a pasta, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), a academia, povos e comunidades tradicionais costeiros e marinhos no Brasil, por meio de apoio do Projeto GEF Mangue e GEF Mar. 

Os manguezais são importantes sumidourosde carbono, sendo grandes aliados na mitigação do aquecimento global, na proteção e resiliência das zonas costeiras contra os efeitos da mudança do clima e para a subsistência e modos de vida de milhões de pessoas ao redor do mundo.

“Reconhecemos o papel dos ecossistemas de manguezais como sumidouros e reservatórios de carbono, sua contribuição para a redução dos impactos adversos das mudanças climáticas, sua capacidade como sistema natural de filtragem, sua importância na retenção de sedimentos, sua habilidade em estabilizar as linhas costeiras contra o aumento da erosão e seu papel como sumidouro de poluição terrestre e marinha, além de sua função na proteção da biodiversidade”, diz a carta endossada pelo governo brasileiro.

Algumas das estratégias preveem a construção de uma rede de projetos passíveis de investimento e a gestão dos fundos de forma complementar, evitando duplicação de ferramentas e diretrizes. Além disso, deverá privilegiar intervenções que se baseiem na melhor informação disponível e nas melhores práticas, além da inclusão de metas ambiciosas para manguezais na COP 30, na Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB), na Convenção sobre Zonas Úmidas (Ramsar), entre outros.

A diretora do Departamento de Oceano e Gestão Costeira do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), Ana Paula Prates, vai integrar o Conselho Executivo do Mangrove Breakthrough. 

Saiba mais informações sobre a UNOC3 aqui.

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Fonte: Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima

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