Brasil avança na renovabilidade das matrizes em 2024, aponta Balanço Energético Nacional

O Ministério de Minas e Energia (MME) e a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) divulgaram, nesta quinta-feira (29/05), mais uma edição do Relatório Síntese do Balanço Energético Nacional 2025 (ano base 2024). Segundo o documento, a matriz elétrica brasileira atingiu 88,2% de renovabilidade em 2024, com destaque para evolução da participação da geração eólica e a solar fotovoltaica, que juntas alcançaram 24% da geração total de eletricidade no ano passado. A matriz energética atingiu, no ano passado, o patamar de 50% de renovabilidade, principalmente pela manutenção da oferta de energia hidráulica e biomassa da cana, além do crescimento de fontes como licor preto, biodiesel, eólica e solar fotovoltaica.

De acordo com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, o percentual é muito acima do observado no resto do mundo e nos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). “Nossa matriz é exemplo para o mundo e, com este exemplo, seguiremos avançando rumo a uma transição energética justa, inclusiva e equilibrada, que vai garantir ainda mais renovabilidade nas nossas matrizes e mais oportunidades à nossa população”, destacou o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.

Também ganhou destaque no relatório a análise de consumo energético dos setores econômicos. No industrial, por exemplo, foi observado um incremento de 1,4% do consumo em relação a 2023. Essa evolução foi puxada principalmente pelo aumento do uso de energia elétrica (+4,1%), que ultrapassou o bagaço de cana como fonte principal do setor. O consumo energético do setor atingiu 64,4% de renovabilidade.

Biocombustíveis e eletrificação da frota

O setor de transportes apresentou, no relatório divulgado, um aumento de 2,7% do consumo renovável em 2024 em relação ao ano anterior, atingindo 25,7% de fontes renováveis. Esse resultado foi provocado, principalmente, pelo crescimento de 30,1% de consumo de etanol hidratado e 19,3% de biodiesel.

Ainda relacionado aos biocombustíveis, o documento apontou que a produção nacional de etanol ampliou 2,8% em relação a 2023, com ênfase para o aumento da participação do milho como matéria-prima na produção desse energético, que atingiu 20% de participação do total produzido em 2024.

Como novidade, o documento traz pela primeira vez o consumo de energia elétrica resultante da crescente participação de veículos eletrificados no transporte rodoviário. Em 2024, o Brasil atingiu 215,3 mil licenciamentos e 309 Gigawatt-hora (GWh) de consumo de eletricidade de veículos eletrificados.

Emissões

Segundo o Relatório Síntese do Balanço Energético Nacional 2025 (ano base 2024), no ano passado, o total de emissões associadas à matriz energética brasileira atingiu 431,3 milhões de toneladas de dióxido de carbono equivalente (Mt CO2 eq). Grande parte (214,3 Mt CO2 eq) foi gerada no setor de transportes. Em termos de emissões por habitante, cada brasileiro, produzindo e consumindo energia em 2024, emitiu em média 2,0 t CO2 eq. O setor elétrico brasileiro emitiu em 2024 apenas 59,9 kg CO2 eq para produzir 1 MWh. Esse índice é considerado muito baixo, aproximadamente 4 vezes menor que o observado em países europeus da OCDE, 4 vezes menor que o observado nos Estados Unidos (EUA) e até 10 vezes menor que a referência para a China.

Cerca de 70% das emissões brasileiras de Gases de Efeito Estufa estão concentradas nos setores de Agropecuária e Uso da Terra, Mudança do Uso da Terra e Florestas (LULUCF), enquanto as emissões do setor de Energia corresponderam a 20,5% do total inventariado em 2022.

O Balanço Energético Nacional é uma publicação chave do setor energético brasileiro, base confiável de dados para o desenho de políticas públicas e para a tomada de decisão do setor privado.

Acesse aqui Relatório Síntese do Balanço Energético Nacional 2025 (ano base 2024)

Assessoria Especial de Comunicação Social – MME
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Fonte: Ministério de Minas e Energia

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