Conseleite define valor de referência do leite para maio e setor celebra avanços em Santa Catarina

Durante reunião realizada nesta quarta-feira (28), no auditório da Epagri em Chapecó, o Conselho Paritário Produtores/Indústrias de Leite (Conseleite) apresentou os valores de referência para o leite no estado de Santa Catarina, com foco nas projeções para o mês de maio de 2025. Os dados, fundamentais para orientar as negociações entre produtores e indústrias, foram baseados nas informações econômicas repassadas pelos laticínios, considerando o desempenho dos primeiros 20 dias do mês.

Valores de referência para o leite em maio

Os valores projetados para o leite entregue em maio, com pagamento previsto para junho de 2025, são os seguintes:

  • Leite acima do padrão: R$ 3,1260
  • Leite padrão: R$ 2,5415
  • Leite abaixo do padrão: R$ 2,3532

Esses números servem como base para o mercado catarinense e ajudam a estabelecer parâmetros justos nas negociações entre produtores rurais e a indústria.

Análise técnica dos indicadores

A reunião contou com uma avaliação detalhada dos preços dos derivados lácteos, a evolução das vendas, o volume comercializado e o mix de produtos. O estudo técnico foi conduzido pelos professores da Universidade Federal do Paraná (UFPR), José Roberto Fernandes Canziani e Vania Di Addario Guimarães.

Presenças e representatividade do setor

O encontro reuniu representantes importantes do setor leiteiro catarinense, entre eles:

  • Enori Barbieri, vice-presidente da Faesc (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de SC)
  • José Carlos Araújo, presidente do Conseleite
  • Selvino Giesel, presidente do Sindileite e representante da agroindústria
  • Produtores rurais e empresários do ramo
Momento favorável para o setor leiteiro

Segundo Enori Barbieri, o cenário atual é positivo para os produtores. “Estamos enfrentando uma fase favorável. Os custos com insumos caíram e os preços do leite estão relativamente estáveis, o que garante ao produtor uma renda mais satisfatória”, afirmou.

Concentração produtiva no campo

Barbieri também destacou uma tendência de concentração na produção leiteira. Segundo ele, pequenos produtores, que muitas vezes não conseguem investir em tecnologia devido à baixa escala, acabam saindo da atividade. Com isso, o rebanho acaba sendo absorvido por produtores de maior porte.

“Esse movimento tem levado a uma diminuição no número de produtores, mas a produção total aumenta, com mais eficiência e maior escala. Isso fortalece a cadeia produtiva como um todo”, explicou.

Santa Catarina rumo ao top 3 da produção nacional

O vice-presidente da Faesc destacou que Santa Catarina já ocupa a quarta posição no ranking nacional de produção de leite e pode, em breve, assumir o terceiro lugar. “Temos um diferencial importante, que é a qualidade do leite produzido aqui”, reforçou Barbieri.

Transparência como pilar do setor

Para o presidente do Conseleite, José Carlos Araújo, a atuação do conselho tem sido essencial para o fortalecimento da cadeia produtiva. “Santa Catarina possui características únicas na produção leiteira. A criação do Conseleite foi um avanço importante, pois trouxe mais transparência ao setor. Quando todos os envolvidos têm acesso às informações, o mercado evolui com mais segurança e confiança”, concluiu.

A reunião reforçou o bom momento vivido pela pecuária leiteira catarinense, destacando avanços técnicos, organização setorial e perspectivas de crescimento com base na qualidade e na eficiência da produção.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

Deixe comentário

Seu endereço de e-mail não será publicado. Os campos necessários são marcados com *.