Curso e cartilha ensinam como aplicar princípios que garantem inclusão para todos na perspectiva da pessoa idosa

O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) apoiou a criação de dois materiais que viabilizam a aplicação do desenho universal na perspectiva da pessoa idosa: um curso e uma cartilha. O objetivo da iniciativa é popularizar os princípios deste conceito que visa tornar possível o uso equitativo, a flexibilidade na utilização, o manuseio simples e intuitivo, a informação perceptível, a tolerância ao erro, entre outros critérios, para que todas as pessoas possam ter acesso, independentemente de idade ou habilidades.

A capacitação e o material se baseiam no chamado desenho universal, comumente aplicado em políticas voltadas às pessoas com deficiências. Este princípio pode ser um aliado na criação de ambientes, produtos e serviços acessíveis às pessoas idosas.

O curso online de desenho universal, tendo como foco a inclusão das pessoas idosas, é ofertado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). A capacitação apresenta informações práticas e conselhos úteis para orientar familiares, profissionais e agentes públicos na elaboração de iniciativas voltadas à inclusão, dignidade e qualidade de vida da pessoa idosa.

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O MDHC apoiou também a construção da cartilha “Desenho Universal na perspectiva da pessoa idosa”, produzida pela Fundação da Universidade Federal do Paraná (FUNPAR) em cooperação com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO). O material complementa o curso disponível na plataforma da UFPR.

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Inclusão

O secretário nacional dos Direitos da Pessoa Idosa do MDHC, Alexandre da Silva, explica que o desenho universal não se refere somente às pessoas idosas, mas a todas as pessoas. “Tudo aquilo que muitas vezes a gente vê como barreiras na questão da acessibilidade, da informação, das possibilidades de participação, ficam completamente eliminadas quando você aplica este conceito”, destaca.

Ainda segundo o secretário, a implementação do desenho universal tende a se tornar essencial ao longo do tempo. “Para o envelhecimento populacional é importante, porque já teríamos uma estratégia para o enfrentamento ao preconceito contra pessoas mais velhas, o idadismo”, avalia.

“O crescimento da população idosa no Brasil traz novos desafios, especialmente em relação à mobilidade, ao acesso aos serviços e às novas tecnologias. Garantir o direito de todas as pessoas na inclusão digital está no centro da missão da UNESCO. Por isso, colaboramos com o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania na elaboração da cartilha sobre Desenho Universal. Promover ambientes, produtos e serviços acessíveis a todas as pessoas — independentemente da idade ou condição — é fundamental para a construção de sociedades mais justas e inclusivas”, disse a diretora e representante da UNESCO no Brasil, Marlova Jovchelovitch Noleto.

O diretor de Proteção da Pessoa Idosa na SNDPI, Kênio Costa Lima, destaca que o conceito de desenho universal, popularizado em 1997 pelo educador, arquiteto e design de produtos, Ronald Mace, vale para os ambientes virtual e real. “A gente está falando de sites de redes sociais, de imagens, de uma promoção do acesso para além dos espaços físicos e para além de espaços de relação que não sejam mediados por outras coisas como computador e celular, por exemplo”, explica.

A coordenadora-geral de Políticas de Envelhecimento Ativo e Saudável e Desenho Universal da Secretaria Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa (SNDPI) do MDHC, Lídia Rafaela Barbosa dos Santos, citou situações em que o desenho universal é aplicado. “O alarme, a folhinha ou calendário, assim como as agendas físicas ou virtuais, são produtos que visam auxiliar na organização da rotina. A escolha por pisos antiderrapantes, barras de apoio e assentos sanitários contribuem para um ambiente mais seguro para todos. O serviço de entrega, muito difundido no período pandêmico, se mostra essencial para aquelas pessoas que já não conseguem realizar compras sozinhas ou simplesmente desejam contar com a comodidade de receber seus produtos em casa, podendo dedicar tempo a outras atividades. O desenho universal já é uma realidade no nosso dia a dia. O curso e a cartilha nos ajudam a reconhecer esse fato, aprofundar conhecimento e ampliar possibilidades de aplicação desse conceito em nossa vida”, ressalta.

Lídia dos Santos complementou frisando que o curso e a cartilha ampliam a possibilidade de uso do conceito, na prática, para garantir uma vida saudável e segura para as pessoas idosas, pessoas com deficiência, entre outros grupos.

De acordo com Alexandre Silva, a expectativa é que o lançamento do curso e da cartilha estimule o debate sobre o tema, para que mais pessoas contribuam na construção de um país inclusivo, que considere as necessidades da população idosa, melhorando consequentemente a qualidade de vida dessas pessoas.

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Texto: R.M.

Edição: L.M.

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Fonte: Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania

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