Data celebra presença de mulheres e meninas na ciência

Nesta terça-feira, 11 de fevereiro, é celebrada a importância da participação feminina na pesquisa e na educação. A data foi instituída em 2015 pela Assembleia das Nações Unidas como o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência.
A celebração é marcada por diversas iniciativas em realização, como o Programa Mulheres Mil, relançado em 2023 pelo governo federal. Desde então, ele já ofertou 69 mil vagas e soma investimentos de R$ 112 milhões.
O programa do Ministério da Educação (MEC) reafirma o direito ao acesso à educação profissional e tecnológica para as mulheres em situação de vulnerabilidade social. Elas sofreram injustiças históricas e tiveram negado o direito fundamental à escolaridade, ao conhecimento, à tecnologia e à inovação.
A educação profissional levou Vitória Sobrinha à realização profissional. Egressa do Instituto Federal da Paraíba (IFPB), onde fez o Curso Técnico Integrado ao Ensino Médio em Informática, ela concluiu o bacharelado em Ciências da Computação na Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). Atualmente, integra a equipe da Google, uma das maiores empresas de serviços online e software do mundo. “Era um sonho meu que acabei realizando”, comenta.
Educação superior – A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), vinculada ao MEC, indica que as mulheres bolsistas são maioria em cursos de mestrado e doutorado no Brasil: 50.629, o equivalente a 57,4% do total. Elas também somam 234 mil matrículas em cursos de mestrado e doutorado (54,6%).
A Capes tem se empenhado no combate à desigualdade e no incentivo ao interesse das jovens mulheres na ciência. Um exemplo é o Prêmio Capes Futuras Cientistas, que reconhece o trabalho de estudantes do ensino médio nas áreas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática.
Já o Programa Abdias Nascimento, retomado em 2023, é voltado para a promoção de ações afirmativas, destinando 50% das bolsas de missões no exterior a mulheres autodeclaradas pretas, pardas, indígenas, pessoas com deficiência ou altas habilidades.
No âmbito da Capes, também foi recriado o Comitê Permanente de Ações Estratégicas e Políticas para Equidade de Gênero, que vai sugerir ações e iniciativas para aumentar a representatividade feminina em posições de decisão e de comando na pós-graduação.
A oceanógrafa Isana Barreto, de 35 anos, conta que realizou um sonho de criança: “fazer experiências e ler sobre temas relacionados às ciências”. Doutora pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), Barreto se destaca em um dos maiores desafios ambientais do Brasil: os derramamentos de óleo.
“Ser mulher na ciência é um desafio constante, mas também uma grande motivação. Quero inspirar outras meninas a seguirem carreiras científicas e mostrar que a ciência pode transformar realidades”, incentiva a cientista.
Assessoria de Comunicação Social do MEC, com informações da Capes e do IFPB
Fonte: Ministério da Educação