Igualdade de gênero fortalece democracias, defende secretária-executiva do MDHC em evento da ONU Mulheres

A secretária-executiva do Ministério dos Direitos Humano e da Cidadania (MDHC), Janine Mello, defendeu que a promoção dos direitos das mulheres uma pauta fundamental para a garantia de direitos humanos, justiça social e de fortalecimento da democracia, nesta quarta-feira (28), durante a cerimônia de nomeação do presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB), Edegar Pretto, como articulador nacional do movimento ElesPorElas (HeForShe), da ONU Mulheres, em Brasília.

De acordo com a representante do MDHC, a igualdade de gênero passa pela promoção da igualdade racial, dos direitos das pessoas LGBTQIA+, das pessoas com deficiência, das pessoas idosas, das crianças e adolescentes.

A secretária-executiva do ministério destacou que assegurar condição de igualdade para todos na sociedade é um papel de toda a coletividade. “É, sem dúvida, um desafio que não recai exclusivamente sobre as mulheres. É um compromisso que precisa ser compartilhado e impulsionado pelos homens. Homens que consigam compreender que a igualdade de gênero não ameaça direitos. Ela fortalece democracias, amplia liberdades e produz sociedades mais justas, dignas e humanas”, disse.

Tentativa de silenciamento

Janine Mello pontuou ainda que episódios de violência política contra a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, na Comissão de Infraestrutura do Senado Federal na última terça-feira (27), não são um ato isolado. “Ele reflete um contexto em que mulheres, especialmente negras, indígenas, camponesas e periféricas, seguem expostas cotidianamente à violência, ao desrespeito e à tentativa sistemática de silenciamento”, declarou.

Ela exaltou o papel das defensoras de prerrogativas fundamentais que atuam na linha de frente da promoção da justiça, da equidade e da dignidade. “São mulheres que enfrentam cotidianamente riscos, ameaças e violências, simplesmente por exercerem o direito de defender direitos”, ressaltou.

Movimento ElesPorElas (HeForShe) é um esforço global criado pela ONU Mulheres (Foto: Gabriela Matos/MDHC)
Movimento ElesPorElas (HeForShe) é um esforço global criado pela ONU Mulheres (Foto: Gabriela Matos/MDHC)

ElesPorElas

Criado pela ONU Mulheres, a entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres, o movimento ElesPorElas (HeForShe) é um esforço global para envolver homens e meninos na remoção das barreiras sociais e culturais que impedem as mulheres de atingir seu potencial, e ajudar homens e mulheres a modelarem juntos uma nova sociedade.

Ao ser nomeado, Edegar Pretto defendeu a união contra o machismo e a violência contra a mulher, em especial daqueles homens que são respeitosos, contrários à agressão e exercem a paternidade ativa. “Nós queremos uma sociedade igualitária. Nenhum tipo de violência contra as mulheres será tolerado”, afirmou. “Faça a sua parte. Comece fazendo o básico: reconhecendo o seu papel. E mude. E, a partir dessa mudança de consciência, a gente vai mobilizando outros homens a não aceitarem mais amigos machistas que faltam com respeito com a mulheres”, defendeu.

Mudança coletiva

A representante interina da ONU Mulheres no Brasil, Ana Carolina Querino, ressaltou ser essencial combater o machismo que estrutura toda a sociedade. “A gente não está falando apenas de os homens olharem para si e revisitarem os seus padrões de comportamento. Também é preciso promover mudanças institucionais que acabem com a tolerância à violência contra as mulheres, ao racismo institucional e a tantas práticas que se reproduzem por meio de normas e políticas públicas feitas para criar obstáculos para que essas mulheres não acessem ou permaneçam em determinados espaços”, enfatizou.

Segundo a ministra das Mulheres, Márcia Lopes, é preciso que as mulheres estejam unidas no processo de reconstrução da mentalidade coletiva. “A gente tem que agir em conjunto”, defendeu. “Nós somos mais de 100 milhões de mulheres e precisamos nos entender e dialogar. As mulheres querem ser ouvidas, querem falar de si, e, para falar de si, elas precisam ter confiança de que as coisas vão acontecer”, disse.

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Texto: D.V.

Edição: L.M.

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Fonte: Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania

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