Mercado do café segue pressionado por oferta e clima; bolsas internacionais têm movimentos divergentes

Na manhã desta quinta-feira (29), os contratos futuros do café apresentavam variações nas bolsas internacionais. O setor segue atento à oferta global, especialmente à safra brasileira de café arábica, e às condições climáticas previstas para os próximos meses.
Colheita brasileira: conilon avança, arábica começa lentamente
De acordo com o boletim do Escritório Carvalhaes, a colheita do café conilon no Brasil avança em bom ritmo, enquanto a do arábica está apenas começando. Os primeiros dados de ambas as colheitas indicam um cenário já esperado pelo mercado: produção maior de conilon em comparação a 2024 e uma safra de arábica menor que a atual.
Clima seco compromete qualidade do arábica
O engenheiro agrônomo e consultor em cafeicultura, Jonas Leme Ferraresso, explicou à Reuters que o início seco da temporada afetou o desenvolvimento dos grãos de arábica. Segundo ele, entre 20% e 30% da produção poderá apresentar grãos com defeitos ou qualidade inferior. Ainda assim, de 70% a 80% da safra deverá manter bom padrão de qualidade.
Cotações do café arábica e robusta apresentam movimentos distintos
Por volta das 8h50 (horário de Brasília), os preços do café arábica registravam:
- Alta de 150 pontos, cotado a 353,45 cents/lbp para o contrato de julho/25;
- Aumento de 100 pontos, negociado a 350,85 cents/lbp para setembro/25;
- Ganho de 60 pontos, a 346,25 cents/lbp para dezembro/25.
Já o robusta apresentava:
- Alta de US$ 11 no contrato de julho/25, cotado a US$ 4.603 por tonelada;
- Leve queda de US$ 1 nos contratos de setembro/25 e novembro/25, negociados a US$ 4.565 e US$ 4.529 por tonelada, respectivamente.
Frio em junho pode impactar áreas produtoras
A previsão da Climatempo aponta que uma nova massa de ar frio deve atingir o Centro-Sul do Brasil nos primeiros dias de junho, mantendo ou até intensificando o frio na região. Por ora, o risco de geadas se concentra no Sul do país e em áreas mais ao sul de São Paulo e do Mato Grosso do Sul, o que pode impactar regiões produtoras se houver queda acentuada de temperatura.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio