Mercado do milho segue travado no Sul e Centro-Oeste, apesar de alta nos contratos futuros

Santa Catarina: produtores firmes e compradores retraídos mantêm impasse
O mercado do milho continua sem avanços em Santa Catarina. De acordo com a TF Agroeconômica, produtores permanecem resistentes a conceder descontos, enquanto compradores adotam postura cautelosa. No porto, os preços se mantêm em R$ 72,00 por saca para entrega em agosto, com pagamento no fim de setembro, e R$ 73,00 para entrega em outubro, com pagamento no fim de novembro.
Já no mercado interno, as cooperativas mantêm as seguintes referências:
- Papanduva: R$ 69,00
- Campo Alegre: R$ 70,00
- Oeste e região Serrana: R$ 71,00
Rio Grande do Sul: incertezas sanitárias travam negociações
No Rio Grande do Sul, o mercado da soja segue parado, reflexo de incertezas sanitárias e temor de impactos nas exportações. A TF Agroeconômica aponta estabilidade nas cotações de compra, com valores como:
- Santa Rosa e Ijuí: R$ 66,00
- Não-Me-Toque: R$ 67,00
- Marau, Gaurama e Seberi: R$ 68,00
- Arroio do Meio, Lajeado e Montenegro: R$ 69,00
No interior do estado, produtores seguem firmes nos pedidos, com preços entre R$ 65,00 e R$ 70,00 por saca, sem intenção de reduzir os valores.
Paraná: queda nas cotações nas principais regiões produtoras
O mercado do milho também segue travado no Paraná. Os preços recuaram nas principais regiões:
- Oeste: R$ 59,36 (-1,17%)
- Região Metropolitana de Curitiba: R$ 61,46 (-1,13%)
- Norte Central: R$ 60,32 (-1,15%)
- Centro Oriental: R$ 61,10 (-1,13%)
Nos Campos Gerais, o milho disponível para entrega imediata é negociado a R$ 76,00 FOB, com produtores pedindo até R$ 80,00. Para entrega em junho, com pagamento no fim do mês, o preço gira em torno de R$ 73,00 CIF, especialmente para a indústria.
Mato Grosso do Sul: mercado continua parado e com preços baixos
Em Mato Grosso do Sul, o cenário é de estagnação nas negociações. Os preços por saca são:
- Dourados, Campo Grande e Caarapó: R$ 58,00
- Maracaju: R$ 57,00
- Chapadão do Sul e São Gabriel do Oeste: R$ 55,00
- Sidrolândia e Ponta Porã: R$ 56,00
Fora do estado, os valores são mais elevados devido à influência das exportações:
- Pagua: R$ 68,00
- Porto de Santos: R$ 68,50
Mercado futuro reage com alta, apesar da pressão no físico
Na B3, os contratos futuros de milho fecharam em alta nesta segunda-feira (26), impulsionados pela valorização do dólar. A Bolsa de Chicago esteve fechada, mas fatores externos, como o excesso de chuvas na Argentina, tempestades nos Estados Unidos e previsão de geadas no Centro-Sul do Brasil, contribuíram para a elevação dos preços internacionais.
Mesmo assim, o mercado interno permanece pressionado pela ampliação da oferta no spot. Segundo o Cepea, o avanço da colheita da segunda safra no Paraná e em partes do Mato Grosso aumentou o volume disponível, o que reduziu o ímpeto comprador diante da perspectiva de uma colheita robusta.
O setor também acompanha com atenção os possíveis efeitos de um caso confirmado de gripe aviária em uma granja comercial, o que pode impactar a demanda.
Desempenho dos contratos futuros na B3:
- Julho/25: R$ 63,60 (+R$ 0,41 no dia / +R$ 1,53 na semana)
- Setembro/25: R$ 68,57 (+R$ 0,84 no dia / +R$ 1,57 na semana)
- Novembro/25: R$ 64,91 (+R$ 0,57 no dia / +R$ 1,74 na semana)
Mesmo com o desempenho positivo dos contratos futuros, o mercado físico do milho segue travado em várias regiões do Brasil, influenciado por posturas conservadoras tanto de vendedores quanto de compradores, além de fatores climáticos e sanitários que geram incertezas no curto prazo.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio