MEsp e Comissão do Esporte da Câmara discutem ações para combater a discriminação no setor

Em audiência nesta quarta-feira (28) na Comissão do Esporte da Câmara dos Deputados, o Ministério do Esporte apresentou as diversas ações implementadas pela instituição para combater iniciativas que visam combater a discriminação no setor e melhorias nas políticas de inclusão, assim como criar ambientes esportivos mais inclusivos e respeitosos.

Após a apresentação, a diretora de Políticas de Futebol e de Promoção do Futebol Feminino, do Ministério do Esporte, Marileia dos Santos, a Michael Jackson, lembrou que em 2001, quando era jogadora de futebol feminino, ela e uma colega foram excluídas de um evento por não apresentar os padrões exigidos pelo clube. “Na época, o racismo era bem pior, é um assunto que não gosto de falar, pois me faz lembrar das humilhações que passei. Eu afirmei na hora que estava ali para ser jogadora de futebol e não, modelo”, afirmou a diretora, muito emocionada.

“Entendo que nosso problema de inclusão, de racismo, tudo isso é cultural, é um problema que está nas raízes da sociedade, principalmente aqui na América Latina. Temos que punir o criminoso, pois o racismo é um crime, penalizar o CPF do cidadão, e posterior reincidência da torcida penalizar o clube. No futebol, não é 100 mil nem um milhão que fazem o clube mudar o seu conceito, o que faz o futebol ser penalizado e o clube ter mais atenção é a perda de pontos, é a parte técnica.  Enquanto não tivermos uma Lei no Futebol que penalize com a perda de pontos, dificilmente vamos evoluir. Temos que mudar os conceitos, e essa Casa é para isso, para ajudar o futebol e o esporte de forma geral. É muito triste o que aconteceu com o Luigi, no Paraguai. Temos que fazer alguma coisa”, ressaltou o ex-deputado e ex-presidente do Corinthians, Andrés Sanchez.

“Em tempos atuais não podemos aceitar isso. A impunidade é cruel prejudica demais um companheiro que ofende um colega de trabalho, um torcedor que ofende um atleta.  Temos que combater com força, com decisões e atitudes, tirar pontos, colocar na Lei Geral de Esporte. Fui salvo pelo futebol”, disse o representante da Federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol (Fenapac), Marco Antonio da Silva Nunes.

Também participaram da audiência a presidente da Comissão do Esporte, deputada Laura Carneiro; a deputada Flávia Morais; o deputado Bandeira de Mello; o coordenador-geral de Políticas para os Direitos da População em Situação de Rua, do Ministério dos Direitos Humanos, Cleyton Luiz Rosa; e o diretor do Observatório do Racismo, Marcelo Carvalho.

Assessoria de Comunicação – Ministério do Esporte

Fonte: Ministério do Esporte

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