Ministério mapeia necessidades de casa de acolhimento LGBTQIA+ do Ceará que atende moradores do Nordeste

A casa de acolhimento LGBTQIA+ Outra Casa Coletiva, de Fortaleza (CE), recebeu nesta segunda (17) e terça-feira (18) a visita técnica de representantes do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC). A casa é uma das instituições que integram o Programa Acolher+, da Secretaria Nacional dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+, e atende atualmente 70 pessoas de, pelo menos, sete estados da região Nordeste do Brasil – dez delas recebem acolhimento presencial.
A agenda teve como foco o fortalecimento das ações de acolhimento, a escuta ativa das equipes locais e a construção de estratégias para a qualificação do serviço prestado à população LGBTQIA+ em situação de vulnerabilidade social. Ao longo da visita, a equipe do programa Acolher+ conheceu a estrutura do espaço e ouviu diretamente as pessoas atendidas, bem como os profissionais que atuam na linha de frente do serviço. O encontro possibilitou ainda a elaboração de um mapeamento detalhado dos desafios e das potencialidades do trabalho realizado no local.
“A existência de espaços como a Outra Casa Coletiva é um ato de resistência e cuidado”, afirmou o coordenador do Programa Acolher+, Emerson Pessoa. “Nossa visita teve o objetivo de compreender as demandas do território, apoiar as estratégias locais e garantir que as ações do Programa Acolher+ estejam alinhadas às realidades vividas pelas Casas de Acolhimento LGBTQIA+ em todo o país”, explica.
Referência em acolhimento
Fundada em 2020, a Organização da Sociedade Civil, Outra Casa Coletiva é uma referência no acolhimento de pessoas LGBTQIA+ em situação de vulnerabilidade social no Ceará.
A instituição oferece suporte jurídico, atendimento psicológico e de assistência social. Também são ofertados cursos de formação profissional e encaminhamento da população LGBTQIA+ ao mercado de trabalho, o que fortalece a autonomia de quem busca atendimento.
Em parceria com universidades da região e secretarias de saúde municipal e estadual são realizados exames médicos. Estima-se que, em cinco anos, mais de cinco mil pessoas tenham recebido atendimento.
“A gente dá atenção a essa demanda muito alta e crescente de acolhimento físico para pessoas LGBTQIA+ que vêm tanto do interior do estado quanto de outros estados do país”, explica um dos coordenadores da Outra Casa Coletiva, Ari Areia.
Acolher+
O programa é voltado ao fortalecimento de instituições de acolhimento de pessoas LGBTQIA+ em situação de rua ou abandonadas pela família em decorrência da discriminação por conta da identidade de gênero, orientação sexual ou características sexuais. Atualmente, o programa apoia 12 casas de acolhimento em nove estados do país e no Distrito Federal.
Em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o programa já destinou mais de R$ 1,9 milhão, divididos em 12 parcelas, para a aquisição de alimentos, material de consumo e a contratação de 24 bolsistas que atuam na prestação de serviços oferecidos por essas instituições.
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Texto: D.V.
Edição: L.M.
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