Oficina define estratégias para conservação de manguezais no Nordeste

O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) promoveu nos dias 21 e 22 de maio, a oficina regional do Programa Nacional de Conservação e Uso Sustentável dos Manguezais do Brasil (ProManguezal) na região Nordeste. O encontro, que reuniu cerca de 40 representantes de órgãos governamentais, academia, sociedade civil e povos e comunidades tradicionais, ocorreu em Natal (RN).

O ProManguezal foi instituído em junho de 2024 e tem como objetivo orientar os esforços do governo federal na conservação, recuperação e no uso sustentável da biodiversidade e dos serviços ecossistêmicos associados aos manguezais brasileiros.

Estratégicos para a manutenção da biodiversidade, esses ecossistemas exercem funções essenciais, como a mitigação da erosão costeira, a atenuação de eventos de inundação e o sequestro de carbono atmosférico. São, assim, aliados fundamentais no combate à crise climática.

“O objetivo dessas oficinas, que estão sendo realizadas em todas as regiões costeiras do país, é reunir estratégias locais para a conservação dos manguezais e, a partir daí, dar prosseguimento a elas com a definição de ações públicas de enfrentamento à sua crescente degradação”, afirmou a coordenadora-geral de Conservação e Uso Sustentável do Oceano da Secretaria Nacional de Mudança do Clima do MMA, Adriana Risuenho Leão.

Na região Nordeste, os manguezais apresentam um grande nível de fragmentação. “Estimativas recentes sugerem que cerca de 40% do que foi um dia uma extensão contínua de manguezais foi suprimida”, explicou Adriana. Entre as diversas ameaças, as atividades de aquicultura e de salinicultura são bastante expressivas, além do turismo desordenado e da poluição urbana, como esgotos e detritos plásticos.

Segundo estimativa do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), mais de 500 mil brasileiros e brasileiras, entre pescadoras, pescadores e povos e comunidades tradicionais, dependem diretamente dos recursos dos manguezais para sua subsistência.

“São potentes barreiras naturais que necessitam ser conservadas. E o Nordeste é a região que enfrenta os impactos mais significativos. Além da subsistência, perder áreas de manguezal significa perder o berçário das principais espécies marinhas do país”, pontuou Leão.

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Fonte: Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima

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