Palestrantes defendem maior integração para combater as diversas formas de preconceito no esporte

As diversas formas de combater a corrupção, o racismo, o abuso e gênero no esporte foram os temas apresentados no período da tarde do primeiro dia do Seminário Internacional sobre Integridade e Prevenção à Corrupção no Esporte – Protegendo o Esporte Brasileiro. Palestrantes nacionais e internacionais foram unânimes em defender maior articulação e integração entre instituições públicas e entidades esportivas no combate à corrupção e as várias formas de preconceito no esporte.
A diretora de Política de Futebol e promoção do Futebol Feminino do Ministério do Esporte, Mariléia dos Santos, conhecida como Michael Jackson, destacou as dificuldades enfrentadas no início de sua carreira, principalmente por ser preta, mulher e de uma cidade do interior. “Eu acredito que depois da Copa do Mundo o futebol feminino terá todos os espaços do mundo. Acredito também que a Copa do Mundo chegará para coroar o futebol feminino”, ressaltou Michael Jackson, que parabenizou o governo por aumentar os investimentos na área.
A representante e coordenadora-geral da Saúde Integral do Ministério das Mulheres, Josilene Lúcia dos Santos, falou da desigualdade salarial no setor, fator que pode ser um agravante para a corrupção no esporte. “A mulher precisa ocupar espaços de decisão e terem esses espaços ampliados. Sistemas homogêneos dificultam a participação das mulheres, por isso precisamos de mais políticas de cotas nos espaços esportivos”, afirmou a coordenadora.
A secretária-executiva da Pacto pelo Esporte, Daniela Castro, (online) citou a contribuição dada pelo Atletas pelo Brasil movimento do qual ela participou junto com outros atletas e que trouxe muitos avanços para o esporte do país. “Foi importante a integração de atletas e entidades esportivas na melhoria do setor”, disse Daniela. O oficial de Integridade, da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) Eduardo Gussem, enfatizou a importância da legislação que criou a Unidade de Integridade do Futebol Brasileiro, da equidade de forças e das dificuldades para regular o ambiente do futebol feminino.
Também participou do seminário, de maneira remota, o gerente sênior de Diversidade e Antidiscriminação da Fifa, Gerd Dembowski.
Assessoria de Comunicação – Ministério do Esporte
Fonte: Ministério do Esporte