Previsão de maior oferta global derruba preços do açúcar nas bolsas internacionais

Queda nos contratos futuros de açúcar
Os contratos futuros de açúcar encerraram o pregão desta terça-feira (27) em baixa nas principais bolsas internacionais. A desvalorização foi impulsionada por projeções de aumento na produção mundial para a safra 2025/26, o que pressiona os preços diante da perspectiva de superávit na oferta.
Produção global deve crescer em 2025/26
De acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), a produção global de açúcar deve atingir 190,3 milhões de toneladas na próxima temporada. O volume representa um aumento em relação às 180,7 milhões de toneladas estimadas para 2024/25.
Com isso, o superávit global pode alcançar 41,2 milhões de toneladas — um crescimento de 7,5%.
Produção no Brasil e na Índia também deve subir
No Brasil, principal produtor mundial, a produção deve registrar um leve crescimento, passando de 43,7 para 44,7 milhões de toneladas.
Já a Índia, após enfrentar uma safra mais fraca, tem expectativa de recuperação significativa. A produção no país asiático deve saltar de 28 para 35,2 milhões de toneladas, o que representa um avanço de quase 26%.
Desempenho nas bolsas internacionais
Na bolsa ICE Futures, em Nova York, o açúcar bruto fechou em baixa. O contrato com vencimento em julho de 2025 recuou 7 pontos, sendo negociado a 17,22 centavos de dólar por libra-peso. Já o contrato para outubro do mesmo ano caiu 8 pontos, cotado a 17,41 centavos de dólar por libra-peso.
Na ICE Europe, em Londres, o açúcar branco também apresentou retração. O contrato de agosto/25 perdeu US$ 1,00, fechando a US$ 482,60 por tonelada. O contrato de outubro/25 caiu US$ 1,50, encerrando a US$ 478,70 por tonelada.
Mercado interno: açúcar cristal em queda
No mercado brasileiro, o Indicador Cepea/Esalq da USP registrou desvalorização de 1,02% no preço do açúcar cristal no dia 27 de maio. A saca de 50 quilos foi negociada a R$ 133,33.
Etanol hidratado também recua
O etanol hidratado acompanhou o movimento de queda. De acordo com o Indicador Diário Paulínia, o biocombustível teve baixa de 0,95%, sendo negociado pelas usinas a R$ 2.707,00 por metro cúbico.
A perspectiva de maior produção global de açúcar, liderada por Índia e Brasil, pressiona os preços internacionais e influencia diretamente o mercado interno. A tendência de queda atinge também o etanol hidratado, reforçando o impacto das projeções sobre o setor sucroenergético.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio