Programa do MEsp será apresentado na ONU nesta terça-feira (10) como exemplo global de inclusão pelo esporte

Em São Luís do Maranhão, a rotina de Daniel Araújo, de 12 anos, mudou completamente. Diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA), o garoto encontrou no futsal uma nova motivação. “Hoje ele tem uma rotina que não tinha antes. O programa mudou a vida dele. É o único dia em que ele não reclama de fazer as atividades, e isso me tranquiliza como mãe”, diz emocionada Madelon Araújo, que acompanha de perto cada progresso do filho. “A forma como é feito o atendimento, o acolhimento, o esporte e o cuidado com ele… tudo me encanta.”

Experiências como a de Daniel são cada vez mais comuns entre os beneficiários do programa TEAtivo, uma iniciativa pioneira do Ministério do Esporte voltada à inclusão de pessoas com autismo por meio da prática esportiva.

Agora, esse exemplo brasileiro de política pública inclusiva ganhará visibilidade internacional. Entre os dias 10 e 12 de junho de 2025, o programa será apresentado na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, durante a 18ª Conferência dos Estados-Partes da Convenção sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência. O evento contará com um subtema dedicado a formas alternativas de fomento a programas para pessoas com deficiência, exatamente o cenário em que o TEAtivo se destaca.

“O Brasil vai mostrar ao mundo como é possível investir em inclusão por meio do esporte. Estamos trabalhando para expandir o TEAtivo por todas as regiões do Brasil. Os núcleos oferecem modalidades adaptadas como capoeira, futebol, natação e atletismo. Essa capilaridade inicial e o número de beneficiários diretos demonstram a escala e o impacto positivo que o programa já alcança em um curto período de tempo”, afirma o ministro do Esporte, André Fufuca.

Madelon e o filho Daniel.Foto: Divulgação Apae Brasil
Madelon e o filho Daniel.Foto: Divulgação Apae Brasil

A proposta do TEAtivo, executado em 11 núcleos no Nordeste e com quase 3.000 mil beneficiários diretos, é simples e ao mesmo tempo revolucionária, utilizar o esporte como ferramenta de inclusão, desenvolvimento global e construção da cidadania. O projeto da Secretaria Nacional de Paradesporto do Ministério do Esporte, conta com o apoio da Apae Brasil na execução em 10 núcleos, espalhados pela região.

O evento em Nova York reunirá autoridades brasileiras e francesas, representantes de organizações internacionais como o UNICEF, e especialistas da sociedade civil, com o objetivo de debater mecanismos inovadores para financiar o esporte inclusivo e garantir o direito ao esporte para pessoas com deficiência.

Segundo o Censo Demográfico 2022 do IBGE, 2,4 milhões de brasileiros têm diagnóstico de TEA, número que representa 1,2% da população. Para Fufuca, o TEAtivo reforça o papel do Brasil como protagonista global em políticas inclusivas. “Estamos promovendo resultados expressivos na socialização, no comportamento e no desenvolvimento dessas crianças. O programa melhora a qualidade de vida das pessoas com autismo.”

Mais que números, são histórias como as de Daniel e tantos outros meninos e meninas espalhados pelo Brasil que traduzem o real valor do TEAtivo um programa que transforma o esporte em caminho de inclusão, autonomia e dignidade para a pessoa com deficiência e que agora será apresentado ao mundo.

Assessoria de Comunicação – Ministério do Esporte

Fonte: Ministério do Esporte

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