Reforma agrária: ministra Márcia Lopes participa da criação do Assentamento Maila Sabrina, no Paraná, junto ao presidente Lula

Para acelerar a reforma agrária no Brasil, o governo federal dispõe do Programa Terra da Gente, que destina áreas improdutivas e degradadas para que as famílias do campo possam se dedicar ao plantio e à criação de animais sustentáveis. Nesta quinta-feira (29) foi a vez da comunidade Maila Sabrina – que fica entre os municípios de Ortigueira e Faxinal no Paraná – ser transformada no Assentamento Maila Sabrina. Com investimento de R$ 304 milhões, a área de mais de 10.500 hectares vai beneficiar mais de 440 famílias – cerca de 1600 pessoas –  que estão lá desde 2003. O ato de criação contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, da ministra das Mulheres, Márcia Lopes, de representantes do Incra, da Itaipu Binacional e do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST), entre outras autoridades.

O presidente Lula destacou ações do governo federal em benefício da população do campo e agradeceu a todos os envolvidos. Ele reforçou que o jeito de evitar fatalidades no campo é preparar esta prateleira de terras da União, como faz o Terra da Gente, e distribuí-las para quem quer e precisa produzir com qualidade. “Vocês são exemplo de que o Brasil tem jeito, porque tudo o que vocês fazem é motivo de orgulho”, pontuou Lula. 

“Ver as mulheres produzindo 167 tipos de produtos nesta terra maravilhosa nos dá muita alegria e honra para continuar esse processo no Brasil: ocupar a terra, usar a terra, produzir alimentos para que, de fato, a alimentação saudável chegue à mesa de todo o povo brasileiro. É isso que nós desejamos.”, declarou a ministra das Mulheres, Márcia Lopes. 

A dirigente estadual do MST, Jocelda Ivone, pontuou que o acampamento começou em 2003 juntamente com o primeiro mandato do Presidente Lula. Segundo ela, a posse da terra é um sonho de 22 anos e demonstra o carinho e afeto que Lula tem com o povo basileiro. Ela 

agradeceu o empenho e olhar transformador do presidente Lula com o povo da terra. “Por isso eu andei, como milhares de pessoas, quilômetros para votar em você, Lula. Reconhecemos em você a esperança de dias melhores. Obrigada!”, disse Jocelda, que também utiliza outro programa do governo para se formar em Gestão Cooperativista.

O dirigente do MST Roberto Baggio foi enfático ao dizer que a missão deles é cuidar da natureza. “Nós pertencemos a ela, não o contrário. Vamos fazer esse desenvolvimento por meio do cooperativismo. A nossa matriz produtiva é a agroecologia, que significa diversidade de vida. Temos 167 tipos de alimentos dessa forma. Queremos mais que um assentamento, queremos uma comunidade com escola, posto de saúde, igreja e o centro disso é a educação dentro do assentamento, da comunidade”.

Fomento Mulher
O assentamento Eli Vive, de Londrina (PR), também recebeu uma boa notícia durante a cerimônia: a destinação do Crédito Instalação Fomento Mulher, que é um incentivo financeiro de R$ 8 mil, por mulher assentada. A Assentada Rosana Gomes Guerra representou as 142 mulheres do Eli Vive 1, e o montante supera R$ 1,3 milhão. 

Programa de crédito do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), a linha Fomento Mulher é destinada a mulheres assentadas da reforma agrária com o objetivo de promover a autonomia produtiva feminina. A linha de crédito oferece recursos para que as mulheres possam investir em projetos produtivos em suas propriedades, como criação de animais, cultivo de plantas, ou produção artesanal.

Terra da Gente

Lançado em 2024, o Programa Terra da Gente define as prateleiras de terras disponíveis no país para assentar famílias que querem viver e trabalhar no campo. Além de garantir esse direito, previsto na Constituição Federal, a nova medida permite a inclusão produtiva, ajuda na resolução de conflitos agrários e contribui para o aumento da produção de alimentos. Além de atender a reforma agrária, prevista na Constituição, o programa promove a inclusão produtiva, contribuindo com o aumento de alimentos saudáveis produzidos de forma sustentável pelos assentados da reforma agrária.

 

Fonte: Ministério das Mulheres

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