Seminário do BRICS debate inclusão e empregabilidade

Representantes de cinco países do BRICS debateram, nesta terça-feira, 3 de junho, durante seminário promovido pelo Ministério da Educação (MEC), temas como inclusão, empregabilidade e desenvolvimento nacional por meio da educação profissional e tecnológica (EPT). O seminário foi composto por dois painéis e teve transmissão pelo canal do MEC no YouTube. 

Durante o primeiro painel, que discutiu inclusão social e desenvolvimento nacional, o secretário de educação profissional e tecnológica do MEC, Marcelo Bregagnoli, lembrou que o evento acontece em momento importante para o Brasil, que está trabalhando para o aumento da oferta de vagas na EPT com investimento em acesso, permanência, equidade e inclusão dos estudantes. “A EPT é uma porta muito forte para o desenvolvimento de uma nação; no caso brasileiro, está associada a uma formação cidadã com qualidade de ensino”, disse o secretário.  

Bregagnoli apresentou dados da modalidade, destacando a Política Nacional de Educação Profissional e Tecnológica e programas como PédeMeia; Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag); Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec); e Mulheres Mil. O secretário também destacou o trabalho das incubadoras e polos de inovação nos institutos federais. 

Já o secretário-geral da Associação Chinesa de Educação para Intercâmbio Internacional, Yang Jun, afirmou que o país asiático tem intensificado parcerias com indústrias para atender ao mercado de trabalho. Jun contou como o investimento em novas tecnologias tem dado retorno para o desenvolvimento de pequenas regiões, especialmente em áreas rurais. Segundo ele, a EPT contribui com a economia e a sustentabilidade, além de aumentar o crescimento industrial e diminuir a pobreza por meio da formação técnica. “Investir em EPT é investir nas nações e em um futuro sustentável”, finalizou Jun.  

A moderação do primeiro debate foi feita pela diretora de Programa da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica do MEC, Luciana Massukado. 

Empregabilidade A inserção no mercado de trabalho de egressos da educação profissional e tecnológica foi debatida no segundo painel, pela tarde, com representantes da Rússia, da África do Sul e dos Emirados Árabes Unidos. Com mediação do vice-presidente de Relações Institucionais do Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif), José Arnóbio de Araújo Filho, as autoridades compartilharam experiências locais e trocaram boas práticas.  

A especialista em Garantia da Qualidade no Centro Nacional de Qualificações do Ministério de Educação Superior e Pesquisa Científica dos Emirados Árabes Unidos, Fátima Al Harbi, revelou que o governo de seu país defende uma “estrutura de educação baseada em resultados, enfatizando os resultados e a performance de emprego”. Segundo ela, o governo adota a estratégia de combinar o aprendizado na sala de aula com a experiência do local de trabalho. Para isso, há um alinhamento com o setor industrial. “A indústria sempre está envolvida no começo, quando se trata o desenvolvimento de qualificação; e também no treinamento, apoiando o aprendizado e múltiplas camadas da qualificação”.  

Por sua vez, o diretor-geral para Programas e Qualificações da EPT do Departamento de Educação Superior da África do Sul, Thivhudziwi Vele, compartilhou que entre as estratégias para diminuir a taxa de desemprego no país, considerada alta, está a educação profissional e tecnológica. Isso porque a taxa de empregabilidade informada entre os que têm essa formação no país é de 70%. “Temos um cuidado com a qualificação para que combine com o mercado de trabalho, que muda tão rápido”, afirmou. Segundo o representante da África do Sul, há um esforço para uma mudança curricular facilitada no país, no sentido de suprir necessidades da indústria.  

A assessora da reitoria do Instituto para o Desenvolvimento da Educação Profissional da Rússia, Olga Sukhanova Nikolaevna, reforçou que o mundo está mudando muito rapidamente e é preciso desenvolver competências múltiplas e a habilidade de adquirir novos conhecimentos. Olga comentou ainda que um vetor importante para a profissionalização no país é a formação de professores. “Nós temos certeza de que nossos professores estão altamente qualificados. Os treinamentos são desenhados para as necessidades específicas dos professores”. 

Agenda –A programação da Aliança de Cooperação em EPT do BRICS segue nesta quarta-feira, 4 de junho, quando os delegados internacionais farão visita técnica ao Instituto Federal de Brasília (IFB), Campus Riacho Fundo. Estudantes dos cursos técnico de cozinha; superior de gastronomia; e licenciatura em letras (inglês) compartilharão experiências e farão demonstrações práticas para os convidados. 

No dia 5 de junho, o ministro da Educação, Camilo Santana, será o anfitrião da 12ª Reunião dos Ministros da Educação dos BRICS. O encontro revisará as prioridades do Brasil para a cooperação educacional no grupo em 2025 e contará com a presença de autoridades da educação brasileira. Os trabalhos se encerram nos dias 6 e 7 de junho, com a realização do Fórum de Reitores das Universidades do BRICS, no Rio de Janeiro.   

Assessoria de Comunicação do MEC, com informações da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec/MEC) 

Fonte: Ministério da Educação

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