Tecnologia de monitoramento impulsiona produtividade e gera ganhos milionários em fazendas no Brasil

Produtores rurais do Rio Grande do Sul e de Mato Grosso do Sul vêm colhendo os frutos do investimento em tecnologia agrícola. Utilizando a plataforma da agtech SIMA (Sistema Integrado de Monitoramento Agrícola) ao longo das duas últimas safras, os agricultores conseguiram monitorar suas lavouras com mais eficiência, o que resultou em ganhos financeiros expressivos: mais de R$ 2 milhões em uma propriedade gaúcha e mais de R$ 3 milhões em uma fazenda sul-mato-grossense.

Adoção da SIMA transforma gestão no campo

A ferramenta digital permite o monitoramento inteligente das lavouras, oferecendo aos produtores dados em tempo real, mapas históricos de produtividade, alertas e orientações de manejo. Segundo Felipe de Carvalho, coordenador da SIMA no Brasil, a plataforma ajuda os produtores a tomarem decisões mais rápidas e assertivas, o que se reflete diretamente na produtividade.

Ganhos expressivos no Rio Grande do Sul

Na safra 2023/24, um agricultor gaúcho com 2.000 hectares colheu 67,8 sacas de soja por hectare. Com o uso da plataforma, na temporada seguinte (2024/25), a produtividade saltou para 75,4 sacas por hectare, um aumento de 11,21%.

Esse desempenho resultou em 15.200 sacas adicionais, o que, com base no preço médio da saca de soja em junho de 2025 (R$ 133,98), representa um ganho financeiro superior a R$ 2 milhões, sem necessidade de expandir a área cultivada ou elevar os custos de produção.

Produtividade também cresce em Mato Grosso do Sul

Em Mato Grosso do Sul, o produtor que cultiva uma área de 3.400 hectares também viu os resultados melhorarem. A produtividade subiu de 77,8 para 84,4 sacas por hectare, um avanço de 8,49% entre as duas safras.

Com isso, a produção total passou de 264.520 para 287.000 sacas, resultando em um acréscimo de 22.480 sacas e mais de R$ 3 milhões em receita adicional.

Gestão por talhão e economia de insumos

Um dos principais diferenciais da plataforma é a capacidade de monitorar a lavoura por talhão. Isso permite ajustar o manejo ao longo da safra, otimizando o uso de defensivos e fertilizantes, o que se traduz em economia de insumos e maior eficiência agronômica.

Carvalho destaca ainda o papel do MIP (Manejo Integrado de Pragas), que permite ao produtor identificar antecipadamente áreas de risco e aplicar intervenções pontuais, reduzindo perdas e melhorando o desempenho produtivo.

Funcionalidades adicionais: conectividade e sustentabilidade

A SIMA também se destaca por funcionar offline, possibilitando que os produtores registrem informações mesmo sem acesso à internet. Assim que o sinal é restabelecido, os dados são sincronizados automaticamente com a nuvem.

A plataforma ainda oferece mapas NDVI, que ajudam na avaliação da saúde das plantas, e relatórios automáticos, facilitando o acompanhamento histórico das safras e a tomada de decisão.

Outro recurso é o SIMA Bio, que calcula a pegada de carbono das operações agrícolas e apoia a certificação de boas práticas ambientais. Segundo o coordenador, isso posiciona a SIMA como uma aliada estratégica para produtores que buscam aliar produtividade, sustentabilidade e controle no campo.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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